Amigos e
amigas.
Evidentemente que nenhum político é santo, ingênuo, nem impoluto. Mas a campanha da plutocracia global contra a Dilma (especialmente via PETROBRÁS) só surte efeito na oligofrenia, na alienação e no comodismo das massas. Não quero aqui discutir detalhes sórdidos ou inspiradores dela e nem de ninguém; apenas mostrar que as ações dessa mulher precisam ser vistas com olhos mais atentos, longe da podre grande mídia vendida ao capital dominante.
Sua maior ação, oculta por essa mídia, é com os parceiros do Brasil no BRICS, ação esta que está para homologar a criação de um super banco independente do FMI e do Banco Mundial. Essa ousadia está fazendo os usurários do mundo roerem os dedos e lucubrarem mil esquemas (inclusive todo o tipo de guerras) contra esses recalcitrantes. A guerra financeira global se aproxima. Esteja atento ao rumo da História.
FAB29
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Vai virar uma "Corrida Maluca". |
Fundo
Monetário Internacional e Banco Mundial (então, Banco Internacional para
Reconstrução e Desenvolvimento) foram ferramentas importantíssimas na
implantação do domínio econômico da potência vencedora - os EUA - sobre a face
da Terra e o nascedouro do padrão-dólar nas relações cambiais, dando um
indescritível poder a quem o emitia, pois passou não apenas a ser a referência
de valor das moedas como, cruelmente, passou a ser mundialmente entesourado,
permitindo a emissão de moeda sem o efeito inflacionário que isso traz: a moeda
que não circula não gera inflação, óbvio.
A
Europa, em frangalhos, pendurou-se na hegemonia norte-americana e - ao contrário do que ocorreria na política, meses depois, na Conferência de
Yalta - o mundo tornou-se unipolar economicamente. A tentativa europeia de escapar dela,
primeiro através do Mercado Comum Europeu e, depois, pela unificação monetária
no Euro, levou 50 anos e deu uma sobrevida à decadente economia do Velho
Continente que, se não podia mais projetar-se globalmente, como na primeira
metade do século 20, ao menos conseguiu - aos trancos e barrancos e cada vez
mais sob a batuta alemã - preservar a capacidade de, internamente, funcionar
como bloco, ao menos até que as crises da dívida pública dos seus membros abrisse
rachaduras, como a da Grécia, Espanha e Itália que lutam para se remendar por lá.
Primeiro
discretamente, ao longo dos anos 80 e da primeira metade dos 90; depois, de 1995 em diante, a China sai de um papel nulo na economia global para tornar-se, no
século 21, uma grande locomotiva da economia mundial, praticando um misto de
grande liberalismo na atração de capitais e seletivo protecionismo no seu
desenvolvimento industrial, que a tornou o grande 'player' do comércio mundial. E
é obvio que, com a formação de capital próprio abundante, queira um papel menos
dependente e mais isolado na atividade econômica do mundo.
Nesta
década, ela assumiu abertamente que quer fazê-lo através de um processo de
cooperação muito mais comercial que financeiro, ao contrário dos EUA, que sempre
pretenderam o controle das economias internas dos países, quando não dos
próprios países.
Deu dois
passos gigantes, mas pacientes e sem manifestações de exclusivismo, até agora.
O
primeiro, com a formação do Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura -
aberto ao mundo todo, mas, como o nome indica, voltado para sua afirmação
geopolítica no continente e cujas possibilidades, mesmo com os muxoxos públicos
dos JUDEUS SIONISTAS DOS EUA, não impediu que a Europa - Alemanha, França,
Reino Unido, Itália e Espanha - e a Austrália aderissem à iniciativa, pelo
potencial que tem para todo o mundo, inclusive ao Brasil.
O
segundo, em escala global, sinalizando que quer parcerias duradouras com
líderes continentais (no caso da Índia, subcontinentais) de todo o planeta,
hoje em processo de afirmação econômica. E que, somados, como relembra a nota
do Ministério da Fazenda, hoje, "representa 42% da população mundial, 26%
da superfície terrestre e 27% da economia global".
O Banco
dos Brics, ou Novo Banco de Desenvolvimento (NBD - seu nome oficial), é
isso, mais do que a capacidade de investimento no curto prazo, e a
prova mais convincente é a divisão igualitária da governança da nova
instituição.
É o
recado mais direto que se podia dar aos JUDEUS SIONISTAS DOS EUA, que resistem
teimosamente a mudar as regras de participação e influência no FMI, cuja função
de prover estabilidade monetária se confundiu com a de ser uma espécie de
"polícia econômica" mundial, como os brasileiros acima dos 40 anos sabem
que foi, para muitos e para nós.
É por
isso que seu anúncio veio casado - aí, sim, a hegemonia chinesa, que
tem imensas reservas cambiais e é o maior credor do Tesouro Americano - com a criação de um mega-colchão monetário (US$ 100 bilhões), um fundo
autogerido de reservas monetárias e cambiais para conter eventuais pressões
cambiais dos países do BRICS e que, ao contrário do NBD, não exigirá aportes
financeiros, mas a virtual disponibilização mútua das reservas, em caso
de ataques contra as moedas dos cinco integrantes.
BRICS em Fortaleza - 2014 |
Na véspera da sétima cúpula do
Brics na cidade russa de Ufá, que será realizada entre 9 e 10 de julho, a
Rússia prepara um documento econômico muito importante, que determinará o
futuro do grupo.
De acordo com o vice-ministro das Relações
Exteriores russo, Sergei Ryabkov, um dos documentos fundamentais para a
parceria estratégica e econômica no âmbito da cúpula do Brics está quase
preparado.
“Nunca tivemos dúvidas de que o foco do Brics
está nas questões econômicas e, por isso, quando começou o trabalho
preparatório para a presidência russa do grupo é claro que discutimos o tema da
contribuição que a presidência russa pode proporcionar ao grupo. Já iniciamos o
desenvolvimento da estratégia de parceria econômica e o documento está quase pronto”,
disse Ryabkov.
“Uma série de países mostra interesse na nova
estrutura, principalmente os países da Ásia, América Latina e África. […] O
interesse dos parceiros ultrapassa as previsões durante a criação do banco, o
que é muito bom e só pode ser saudado. Mas quero dizer que, inicialmente, o
banco foi concebido como uma organização que primeiramente tratará de projetos
de infraestrutura e de outros projetos no território dos países que participam
no grupo. Este não é um instrumento, pelo menos agora e no futuro próximo, para
resolver questões fora do Brics, mas em um futuro mais longínquo, isso não pode
ser excluído.”